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Competência e profissionalismo requisitos para sucesso no mercado laboral

21/02/2017 07:58
Competência e profissionalismo requisitos para sucesso no mercado laboral

A Ministra do Trabalho, Emprego e Segurança Social, Vitória Diogo, aconselha aos jovens recém-formados nas instituições de formação profissional para que não se considerem um produto acabado e muito menos encararem o emprego como um dado adquirido.

Segundo a ministra, os candidatos ao emprego devem preocupar-se em aprender continuamente, para aumentarem os seus conhecimentos e competências para resolverem problemas e desafios ligados ao acesso ao emprego.
Esta foi a recomendação que a governante deixou durante a oração de sapiência que proferiu hoje, em Maputo, e que marcou a abertura oficial do ano lectivo do Instituto Politécnico de Tecnologia e Empreendedorismo (IPET), uma instituição privada de ensino médio sedeada em Maputo.
“O profissional não se deve considerar um produto acabado, porque, se assim for, não tem ambições, não acredita que pode continuar a transformar e a fazer algo de diferente em prol do seu desenvolvimento”, disse Diogo, falando sobre o tema “Ensino Técnico-Profissional e Empreendedorismo Juvenil”. 
Não é suficiente termos apenas o diploma, pois, para se aumentar o nível de empregabilidade e as possibilidades de acesso ao mercado do trabalho, devemos ter conhecimentos e competência”, vincou. 
Disse ainda que também não basta ser apenas habilidoso ou ser bom artesão. Explicou que é preciso ter formação e cultura geral.
“Além da formação relacionada com as tarefas que vão executar, os trabalhadores devem possuir uma educação geral e, acima de tudo, disponibilidade e capacidade de aprender continuamente. Dedicar-se continuamente ao aprimoramento, ao auto desenvolvimento, implica, entre outros factores, a necessidade de adquirir conhecimentos e capacidades necessários ao mercado”, sublinhou.
Nessa constante busca de conhecimento, explicou a governante, mesmo após a formação, os profissionais devem ter em conta, segundo o comportamento do mercado laboral, que está centrado no dinamismo.
Portanto, os profissionais devem ser capazes de fazer um estudo do mercado e se munirem de ferramentas essenciais para fazer face a esse dinamismo e competitividade. 
Aliás, é precisamente esta dinâmica que impõe a necessidade de uma aprendizagem contínua e evitar a rotina, senão “não vou sobreviver, porque o mundo está cada vez mais competitivo”, advertiu. 
A ministra disse ainda aos estudantes para evitarem esperar, de braços cruzados que sejam empregues. Antes pelo contrário, devem criar o seu próprio emprego através do empreendedorismo. 
Vincou que ser empreendedor não é apenas aquele que apresenta ideias brilhantes e com grandes primores técnicos e de investimento de capital muito elevado, mas também o que aposta em actividades pequenas, mas que geram rendimento e garantem o auto-sustento.
“É preciso sermos capazes de pensar pequeno e, depois, irmos crescendo, crescendo até chegar ao grande. Para que tenham sucesso e prosperem nos seus negócios, os empreendedores aprendem a ser produtivos e, para tal, dedicados. Devem experimentar, repetidamente, visto que, para ter sucesso, deve-se oferecer algo diferente ao mercado”, disse.
Fundado em 2009, com missão de formar, inspirar e empoderar jovens moçambicanos, principalmente os de baixa renda, para desenvolverem as suas potencialidades em empreendedorismo, o IPET ministra 15 cursos nas sete capitais provinciais em que está implantado.
A instituição conta, em todo o país, com cerca de 2.500 estudantes, assistidos por mais de 100 funcionários e 218 docentes.
Desde a sua existência, o IPET já realizou sete graduações, que ofereceram ao mercado do trabalhão mais de 1.500 profissionais formados em diferentes cursos, dos quais mais da metade encontram-se a trabalhar.
(AIM)