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“Comida pelo Trabalho” minora impacto da seca

28/03/2016 12:03
“Comida pelo Trabalho” minora impacto da seca

O envolvimento das populações afectadas pela seca em acções do programa “Comida pelo Trabalho”, levadas a cabo pelo Governo Provincial de Gaza e parceiros, está a contribuir para a minimização do impacto 

deste fenómeno natural que atinge mais de 77 mil pessoas naquele ponto do país.

A constatação foi feita há dias, em Massingir, por Osvaldo Machatine, director-geral do Instituto Nacional de Gestão de Calamidades (INGC), que trabalhou em Gaza para se inteirar do nível de assistência às populações assoladas pela seca.

“Comida pelo Trabalho” é um programa adoptado pelo Governo no qual os beneficiários recebem alimentos em troca de alguma actividade útil à sociedade.

Osvaldo Machatine disse, por outro lado, ter encontrado no seio das pessoas afectadas um novo alento pelo facto de nas últimas duas semanas estar a registar-se alguma precipitação que renova as esperanças dos camponeses para o relançamento da actividade agrícola.

Com efeito, os camponeses de Massingir pediram ao Governo a alocação de sementes, uma preocupação que, conforme considerou o director-geral do INGC, é legítima e que iria merecer a atenção necessária por parte da sua instituição.

Para fazer face à situação criada pelas calamidades naturais, nomeadamente secas cíclicas, cheias e ciclones, a fonte disse estarem a ser estudadas soluções mais sustentáveis para que o país possa se adaptar à nova realidade, particularmente imposta pelas mudanças climáticas.

Para o efeito, segundo afirmou, foi dada a responsabilidade ao INGC de esboçar um programa de reforma institucional que vai culminar com uma nova maneira de estar da instituição que dirige, a qual deverá ser mais proactiva e controlar os eventos a montante para que as adversidades não possam causar mais danos com gravidade que se regista actualmente.

O director-geral do INGC expressou satisfação pelo grande movimento de solidariedade interna que constitui, segundo ele, mais uma prova inequívoca de que os moçambicanos são efectivamente um povo generoso e com alto sentido de irmandade, particularmente nos momentos mais difíceis.

Destacou ainda o papel da sociedade civil no seu todo, que tem vindo a trabalhar com outros sectores com vista a dar o seu contributo para minorar o sofrimento dos cerca de 270 mil concidadãos a braços com as calamidades naturais no país.

Num outro desenvolvimento, enalteceu a contribuição de todos os parceiros de cooperação no apoio às populações das províncias de Maputo, Gaza, Inhambane, Sofala e Tete, assoladas pela seca, e as da Zambézia, Niassa, Cabo Delgado e Nampula, atingidas pelas cheias. (fonte: Jornal Noticias)