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Cimeira Rússia-África passa a realizar-se de três em três anos.

28/10/2019 07:46
Cimeira Rússia-África passa a realizar-se de três em três anos.

A decisão foi tomada na primeira Cimeira dos Chefes do Estado e de Governo da Rússia e do continente africano que terminou, esta quinta-feira, na cidade russa de Sochi.

O Presidente russo Vladimir Putin foi quem anunciou esta decisão tomada pelos representantes desta primeira cimeira destinada a fortalecer a cooperação entre as partes.

Partes que acordaram ainda a realização anual da Reunião dos respectivos Ministros dos Negócios Estrangeiros para o debate de temas relacionados com a cooperação entre si.

Moçambique fez-se representar, na Cimeira ao mais alto nível, pelo Presidente da República, Filipe Nyusi.

O Presidente russo, Vladimir Putin, co-presidiu a Cimeira de Sochi com o Chefe do Estado egípcio, Abdel Fattah Al-Sissi, na qualidade de Presidente da União Africana.

Abdel Fattah Al-Sissi anunciou, por sua vez, que os Estados-membro vão realizar um fórum sobre a paz e desenvolvimento no continente africano.

A Cimeira Rússia-África foi marcada pela realização, em paralelo, do Fórum Económico entre as partes, no qual foram assinados vários acordos de cooperação económica, entre empresários e entidades que congregam a classe.

É neste contexto que a Confederação das Associações Económicas de Moçambique - CTA assinou três acordos com entidades homólogas russas.

Os acordos foram assinados com a AllWE, companhia russa de promoção de comércio externo, a Roscongress Foundation, instituição de desenvolvimento económico e social e organizadora de convenções internacionais, e com All Russia Public Organization.

À nível empresarial, Moçambique fez-se representar na Cimeira pelo Presidente da CTA, Agostinho Vuma, que liderou uma delegação de 12 homens de negócio presentes no Fórum Económico Rússia-África que decorreu, em paralelo à Cimeira dos Chefes do Estado e de Governo.

Nos debates do Fórum Económico, a Comunidade para o Desenvolvimento da África Austral, SADC, disse ser pretender deixar de ser apenas um mero fornecedor de matéria-prima para a Rússia.

Este bloco regional, do qual Moçambique faz parte, entende ser importante, que os países-membros equacionem possibilidades de uma cooperação mais robusta com este país, através do aumento das trocas comerciais entre si.

A Secretária-Executiva da SADC, Stergomena Tax, disse que a região tem enorme potencial para ser um bloco cada vez mais relevante na cooperação com a Rússia, uma vez que tem potencialidades agrícolas, energéticas, turísticas e na área de recursos naturais.

Além de representantes governamentais do sector económico, o Fórum contemplou a participação de representantes de instituições financeiras internacionais com destaque para o AfriximBank. (RM)