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Cervejeira da heineken gera 200 postos de trabalho directos

05/12/2017 08:50
Cervejeira da heineken gera 200 postos de trabalho directos

O projecto de construção de uma unidade industrial de fabrico da cerveja Heineken, avaliado em 100 milhões de dólares americanos, vai gerar 200 postos de trabalho directos e 13.000 indirectos, quer durante a implantação quer na fase de exploração do empreendimento.

A fábrica, cuja primeira pedra para a sua construção foi lançada hoje, no distrito de Marracuene, província meridional de Maputo, deverá estar pronta em 18 meses e, até no segundo semestre de 2019, a tirar o seu primeiro produto para o mercado de consumo.
O Ministro da Indústria e Comércio, Max Tonela, que dirigiu o acto, disse que o projecto da unidade fabril da Heineken no país irá assegurar a substituição de importações de um produto consumido em larga escala, contribuindo para a poupança de divisas e a melhoria da balança comercial.
A implantação deste projecto em Moçambique irá contribuir igualmente para o alargamento da base tributária e a consolidação das iniciativas de promoção da cadeia de valor, afirmou o governante, anotando que o projecto responde à estratégia de industrialização com vista a transformação estrutural da economia e a sua inserção no mercado mundial.
Segundo Tonela, um dos desafios do governo no quadro da comercialização agrícola tem a ver com a absorção dos excedentes da comercialização agrícola quer pelos mercados quer pela indústria. 
A implantação da fábrica levará, num futuro breve, a usar produtos agrícolas como o milho, a mandioca, entre outros, garantindo desta forma a adição de valor a produtos nacionais. 
O director-geral para Africa Oriental e Ocidental, Boudewjin Haarsma, disse a AIM que a cervejeira vai produzir, anualmente, 800 mil hectolitros do produto, da sua capacidade instalada de 3.5 milhões de hectolitros.
Segundo a fonte, a entrada em funcionamento da fábrica vai estimular o mercado nacional e aumentar a oferta assim como a concorrência entre os rivais do ramo, que estão no mercado moçambicano, até porque os consumidores moçambicanos vão, sem dúvida, ter a oportunidade de fazer novas escolhas.
O nosso foco é o mercado moçambicano que é bastante apetecível, dado o universo populacional, num país com óptimas perspectivas de crescimento económico, disse Haarsma, apontando que o mercado tem ainda um baixo nível de consumo per capita, estimado em 11 litros, abaixo da África do Sul com 15 litros per capita. 
Haarsma disse que a Heineken, presente no continente africano desde 1923, espera consumar, até 2020, a meta de 60 por cento de fontes de matéria-prima africana usada no processo de fabrico da cerveja, actualmente estimada na ordem de 50 por cento, em todos os países onde está presente.
Acreditamos na consumação desse desiderato dada a elevada experiência que possuímos no uso de matéria-prima de fontes africanas, actualmente num total de 27 projectos, mas o sucesso levará a melhoria tanto da qualidade quanto do preço ao consumidor, disse a fonte.