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Caso Njerenje remetido as autoridades judiciais

13/02/2017 07:25
Caso Njerenje remetido as autoridades judiciais

O Ministro da Ciência, Tecnologia e Ensino Superior e Técnico-Profissional, Jorge Nhambiu, diz que o caso do Instituto Superior Politécnico Njerenje, que fechou em Agosto 

passado por determinação do Conselho de Ministros, lesando mais 2 mil estudantes em Chimoio, no centro de Moçambique, foi remetido as autoridades judiciais.

Nhambiu que falava no posto administrativo de Messica, no distrito de Manica, província do mesmo nome, no centro de Moçambique, à margem do seminário de coordenação do projecto de Investigação e Transferência de Tecnologias para produtividade do arroz, milho e trigo, disse que esta instituição funcionou clandestinamente 
O ministro é citado pelo jornal “Diário de Moçambique a negar que esta instituição tenha sido encerrada “porque para se encerrar uma instituição de ensino ela tem de ser aberta. Essa instituição nunca existiu. Foi uma instituição que funcionou clandestinamente e recebeu vários avisos para fechar as portas”.
“Se nós não tivéssemos fechado a instituição teríamos problemas maiores do que os que tivemos. Estudantes que já estavam no 3º ano iriam atingir o 4º, mas não teriam diplomas, porque a instituição não existia”, explicou. 
“Não se passam diplomas para estudantes que pertencem a uma instituição que não existe. Então, não fechamos a instituição: o que fizemos foi solicitar a intervenção das autoridades judiciais para fazerem com que as actividades daquela instituição não continuassem”, sublinhou.
Nhambiu disse ainda que não foi o tipo de instalação ou tipo de equipamento que estava lá posicionado que terá ditado a medida. A essência é que essa instituição não tinha autorização para funcionar e não pode funcionar uma instituição alguma na República de Moçambique sem que esteja oficialmente autorizada para funcionar.
Relativamente ao tempo em que o referido estabelecimento de ensino superior funcionou, Jorge Nhambiu recordou que “durante três anos a instituição recebeu várias notas do Ministério da Educação para que não continuasse a desenvolver as actividades que estava a desenvolver, mas ela não cumpriu.
“Assim, esperava que nós agora também fizéssemos o mesmo, mas, não, recorremos aos órgãos da Justiça para denunciar que havia uma instituição que estava a burlar o povo e a justiça é que resolveu o problema e não o ministério”, explicou o ministro.
A cerca doutro estabelecimento de ensino superior que pretende ocupar as instalações do “Njerenje”, supostamente Instituto Superior Mutasa, radicado na cidade de Manica, ele confirmou a existência de uma instituição que possui alvará e pediu para utilizar as instalações que eram utilizadas pela instituição anterior.
“O que nós dissemos foi que não era taxativo. Ela devia fazer requerimento solicitando a utilização das instalações existentes para nós vermos se elas estão em condições e daí passarmos alvará”, finalizou.
(AIM)