CENSO populacional orçado em 45 milhões USD

Deste valor, o Banco Mundial deverá contribuir com cerca de 25 milhões de dólares e o governo moçambicano 10 milhões. O censo também vai contar com o apoio de parceiros de cooperação tais como Suécia, Itália, Indonésia, que vão disponibilizar meios circulantes, incluindo bicicletas e motorizadas.
Estes dados foram tornados públicos esta quinta-feira, em Maputo pelo porta-voz do Instituto Nacional de Estatística (INE), Cirilo Tembe, durante um encontro entre o INE e diversas associações, conselhos e fóruns de Moçambique.
Cirilo Tembe disse que o censo vai contar com cerca de 96.024 agentes recenseadores e serão capacitados um pouco mais de 105 mil, de modo a garantir que o processo decorra sem sobressaltos. 
Por isso, Tembe garantiu estarem criadas todas as condições logísticas para a realização do IV Recenseamento Geral da População e Habitação de 1 a 15 de Agosto próximo. 
“Já fizemos o envio de materiais do censo para as regiões centro e norte. Para as províncias da região sul é mais prático porque estão próximas, mas as equipas estão a trabalhar de modo que o mais tardar até dia 18 (de Julho) todo o material do censo esteja no terreno para a realização do censo”, garantiu o porta-voz do INE.
Questionado sobre os problemas levantados há cerca de duas semanas pelos formandos, que reivindicavam a falta de alimentação e alojamento condigno, Cirilo disse que já foram criadas as devidas condições mediante duas opções aos agentes recenseadores. A primeira consiste no alojamento e alimentação a responsabilidade do INE e a segunda é a atribuição de 1.225 meticais (cerca de 20 dólares americanos) definidos no orçamento para a capacitação a cada formando e ele se responsabilizar pela sua logística.
“A partir da próxima segunda-feira o INE vai realizar uma capacitação dos agentes recenseadores que será feita nos próprios locais e não há necessidade de alojar as pessoas num estabelecimento hoteleiro e as pessoas vão dormir nas suas casas e mesmo assim está garantida a refeição e o dinheiro de transporte”, disse.
Sobre a fiabilidade dos resultados do censo, Tembe explicou que um mês após o censo cobertura será feita uma amostragem para se apurar a taxa de omissão. 
“No censo de 1997 a taxa de omissão foi de cinco por cento, em 2007, reduziu para dois por cento. A nossa perspectiva, tendo em conta os processos que utilizamos mais modernizados, é de reduzir ainda mais a taxa de omissão”, afirmou acrescentando que “o maior objectivo é atingir a todos os segmentos da população para que estejam informadas e poderem participar das diferentes formas do censo”, acrescentou.
O encontro, organizado pelo INE em parceria com o Fundo das Nações Unidas para a População (FNUAP), tinha como objectivo preparar o IV Censo Populacional, através da intensificação das actividades de comunicação e mobilização social. 
O censo, que vai decorrer sob o lema Vamos todos contar Moçambique, tem como parceiros o Banco Mundial, Fundo das Nações Unidas para a População (FNUAP), Fundo das Nações Unidas para a Infância (UNICEF), Embaixada da Índia, Indonésia, entre outros.
(AIM)