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Braço de ferro entre Vereadores em Nampula

08/11/2017 09:17
Braço de ferro entre Vereadores em Nampula

As diferentes vereações e postos administrativos do município de Nampula estão mergulhadas em um clima de tensão, na sequência da disputa de direcção entre membros do Movimento Democrático de Moçambique (MDM), segundo maior força política da oposição, que governa desde as ultimas eleições autárquicas.

A atmosfera instalada surge na consequência do assassinato do presidente eleito, Mahamudo Amurane, no dia 4 de Outubro, por indivíduos desconhecidos ainda a monte.
Segundo preceituado na lei, o malogrado foi substituído, interinamente pelo presidente da Assembleia Municipal, Manuel Tocova, que num dos seus primeiros actos exonerou membros da equipa de trabalho de Amurane e, no seu lugar, nomeou outros colaboradores.
Em eventos subsequentes, o Tribunal Administrativo de Nampula notificou o presidente interino para se abster de actos fora da sua competência.
Neste momento os dois grupos travam se de razões provocando a incerteza entre os funcionários e mesmo munícipes da urbe.
Entretanto, quando contactado telefonicamente, Manuel Tocova, sustentou que agiu dentro da lei e que quem deve estar em funções é a equipa por ele constituída.
O que fiz foi dentro da lei, porque são cargos de confiança, assim o entendo, aqueles que exonerei desobedeciam. Acredito que se fosse outro partido, nada disto estaria a acontecer. Noutros municípios os presidentes nomeiam e exoneram como querem, disse Tocova.
Nestas afirmações, o presidente interino do município de Nampula é secundado pelo seu vereador para Assuntos Institucionais e Cooperação, Adelino Marques.
Os antigos vereadores não queriam colaborar com o presidente e, para salvaguardar os interesses dos munícipes, foi escolhida outra equipa. Eles também entenderam erradamente o despacho do TA, por isso estamos aqui dentro da legalidade, afirmou a fonte.
Por seu turno Assane Raja, vereador do antigo elenco, entende que as atitudes que se assistem prejudicam o município, porque as actividades do dia-a-dia estão bloqueadas.
Assim não se pode funcionar, nos estamos observando a lei. Este grupo ate esta a fazer recolha das taxas e outros fundos, não sabemos qual o destino, porque não tem acesso as contas bancárias do concelho municipal.