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Baixo nível de água inviabiliza transporte no Zambeze

27/07/2016 14:30
Baixo nível de água inviabiliza transporte no Zambeze

Uma embarcação moderna adquirida pelo Governo moçambicano para assegurar o transporte de passageiros e carga diversa, na província central de Tete, entre os distritos de Cahora-Bassa e Zumbo, ainda não começou a navegar devido ao baixo nível de água no rio Zambeze.

A embarcação já estaria a transportar passageiros e carga mas depara-se com o problema do baixo nível de água que baixou cerca de quatro metros no rio Zambeze. Assim, o barco corre o risco de encalhar nos bancos de areia”, disse hoje o director provincial dos Transportes e Comunicações de Tete, Romeu Sandoca.
Antes do problema, a embarcação não podia navegar por falta de infraestruturas de acostagem danificadas pela fúria das águas do rio Zambeze, no Zumbo.
'A acostagem já está pronta, após obras de reabilitação. Mas, agora, temos o problema de nível de água que baixou muito”, acrescentou.
A embarcação, denominada Namanyerere, com capacidade para transportar 90 passageiros e carga diversa, incluindo duas viaturas ligeiras, foi inaugurada no primeiro trimestre do ano passado.
Namanyerere é nome de uma das ilhas localizadas na albufeira de Cahora-Bassa. Neste momento o barco encontra-se acostado na região de Caliote, no distrito de Cahora Bassa. 
A não entrada em funcionamento do barco está a criar um mal-estar no seio de potenciais utentes, visto que desde que foi lançado `as águas do rio Zambeze, até ao momento, nunca mais serviu à população. Este meio de transporte fluvial poderá reduzir o tempo de viagem de três dias para apenas 24 horas (um dia), entre Cahora-Bassa e Zumbo.
Quando entrar em circulação, a embarcação vai aliviar os passageiros do sofrimento a que estão sujeitos visto que viajam em embarcações privadas menos velozes.
Na nova embarcação, as passagens serão subsidiadas pelo governo o que avulta a vontade das populações em ver a embarcação a funcionar.
O rio Zambeze é usado para o transporte de passageiros, diversa mercadoria, incluindo pescado, nomeadamente “chicoa” e “kapenta”, esta última espécie de grande valor comercial e de exportação.