Apreendidos seis camiões com madeira ilegal
Seis camiões que transportavam madeira contrabandeada estão sob custódia das autoridades competentes, após a recente apreensão, no posto administrativo de Inchope, distrito de Gondola, na província de Manica, centro de Moçambique.
A apreensão surge na sequência da notificação, pelas autoridades, do desaparecimento de três livros de guias que autorizam a circulação de madeira.
Com o desaparecimento dos três livros nas províncias da Zambézia e Sofala, que totalizam 30 guias de trânsito, foi accionado um plano de fiscalização que culminou com a apreensão dos seis camiões. O prejuízo dos livros desaparecidos na gráfica contratada para a emissão dos documentos é avaliado em 1.5 milhão meticais (25 mil dólares americanos).
A madeira, que segundo o Ministério da Terra, Ambiente e Desenvolvimento Humano (MITADER), foi cortada de forma ilegal, no distrito de Maringué, província de Sofala, seguia com destino à Beira, capital da mesma província.
A inspectora do MITADER, Emília Fumo, que revelou o facto em Maputo disse que foram identificados dois funcionários da gráfica, incluindo um segurança, supostamente envolvidos no desaparecimento das guias ora foragidos.
Estamos neste momento também a trabalhar para detectar aqueles que foram os mandantes, os compradores destas guias. As autoridades competentes estão a tomar medidas sobre o caso e neste momento temos o mandato de busca e captura destas pessoas que trabalhavam na gráfica, entretanto foragidas, disse Fumo.
A fonte acrescentou, por outro lado, que o extravio de guias é a nova forma de actuação dos exploradores ilegais de madeira.
Emília Fumo afirmou que os níveis de exploração ilegal de madeira no país tende a reduzir, devido à implementação do programa corrupção zero no MITADER, um programa focalizado na detecção em tempo útil e responsabilização dos funcionários envolvidos em actos de corrupção.
A receita do Estado, proveniente da exploração de madeira, triplicou nas últimas semanas, com a intensificação das medidas de fiscalização.
A inspectora, que falava na quarta reunião de operadores florestais madeireiros, disse que o principal desafio consiste na identificação de mecanismos capazes de impedir o abate da madeira nas áreas de origem.
A exploração ilegal de madeira leva anualmente o país em cerca de 200 milhões de dólares americanos.