Imprensa

Agricultura identifica produtos estratégicos

21/09/2016 10:09
Agricultura identifica produtos estratégicos

Trata-se de arroz, feijões e hortícolas como repolho, tomate e cebola, raízes e tubérculos, nomeadamente mandioca, batata-doce e reno, entre outros que integram a cadeia de valor, em que figuram igualmente o milho, soja, gergelim e trigo. Da lista dos produtos estratégicos e prioritários para a exportação foram indicados seis, nomeadamente banana, açúcar, castanha de caju, algodão, macadâmia e 

paprica, enquanto para revitalização foram eleitos o chá, café, copra, sisal e citrinos como laranja, tangerina, toranja e limão.

Segundo escreve hoje o “Notícias”, o ministro da Agricultura e Segurança Alimentar, José Pacheco, que apresentou a reflexão do sector que dirige sobre os caminhos que podem conduzir o país à dinamização da competitividade no sector agrário, disse que o alcance destes objectivos passa pela transformação estrutural e gradual dos produtores, passando progressivamente da agricultura de subsistência para a de mercado.
Falando no decurso do 1.º Fórum Internacional dos Empresários Agrários e Pesqueiros recentemente realizado na província central de Manica, o governante disse que aumentar o rendimento agrícola por unidade de área, melhorar a gestão e maneio na criação do gado e avicultura e assumir as cadeias de valor, o associativismo e cooperativismo, as parcerias público-privado e produtores, a transferência de tecnologias, bem como melhorar os sistemas de produção, intensificar e diversificar a produção e ter foco na industrialização é o caminho proposto para o alcance desta agenda.
José Pacheco lembrou que o país tem, neste momento, 4.268.585 explorações agrícolas, 99 por cento das quais são do sector familiar, 98 por cento de agricultura de sequeiro, empregando 72 por cento da população economicamente activa.
Para o aumento da produção e produtividade, o governante defendeu ser necessário dar primazia à investigação, visando gerar e disseminar tecnologias, à assistência técnica aos produtores, e à mecanização e irrigação.
Nesta perspectiva, e para dinamizar a produção no sector agro-pecuário, defendeu a provisão da semente básica de ciclo curto, a cultura de tecidos, a agricultura de conservação, o uso das estufas, das tecnologias pós-colheita, a produção de vacinas, a inseminação artificial e a produção de embriões.
Na componente de assistência técnica aos produtores, fez-se referência ao aumento da cobertura, oferta e procura de serviços de apoio para o incremento da produção e produtividade e apoio no acesso ao aconselhamento técnico, tendo em consideração a utilização racional e sustentável dos meios e factores de produção.
Quanto à mecanização e irrigação, o estabelecimento de incubadoras de desenvolvimento agrário com recurso ao uso de maquinaria na abordagem da parceria público-privada dos centros de serviços, parques de máquinas e diversificar o uso intensivo dos regadios e zonas com humidade e o aproveitamento integral dos recursos hídricos foram apontados como sendo prioritários.
(AIM)