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África reafirmou sua prontidão para cumprir agenda 2025

05/07/2017 07:29
África reafirmou sua prontidão para cumprir agenda 2025

O Primeiro-Ministro moçambicano, Carlos Agostinho do Rosário, afirma que a 29ª Sessão Ordinária da Cimeira dos Chefes de Estado e de Governo da União Africana, foi uma oportunidade para o continente reafirmar a sua vontade política de implementar a Agenda 2063.

O Primeiro-ministro falava hoje em conferência de imprensa que marcou a sua participação na Cimeira, um evento de dois dias que teve lugar em Adis Abeba, capital etíope, e que decorreu sob o lema ““Aproveitamento do Dividendo Demográfico, Investindo na Juventude”. 
Segundo Carlos do Rosário, ficou claro e foi consensual na cimeira que África precisa de apostar e investir na juventude sob pena de ter uma população activa sem capacidade para participar no desenvolvimento do continente.
Referiu que também ficou claro a necessidade de trabalhar no sentido de garantir que a juventude tenha acesso aos cuidados da saúde, formação e emprego. 
A conferência decidiu que a década 2017-2027 deverá ser dedicada à formação profissional da juventude e, para o efeito, foram desenhados planos de acção onde Moçambique vai colaborar com ideias a partir do trabalho que está a realizar.
Para garantir a prossecução deste objectivo Moçambique tem todas acções plasmadas no Plano Quinquenal do Governo (PQG) que define os objectivos a alcançar em todos os sectores. Aliás, as decisões saídas deste evento estão alinhadas com este programa 
“Outra decisão foi de a UA alocar um por cento do seu orçamento ao Fundo da Juventude. Portanto, o tema sobre como investir mais na juventude dominou a sessão”, disse o Primeiro-ministro, adiantando que na cimeira foram traçadas estratégia para garantir a estabilidade política e económica do continente. 
“Neste momento persistem preocupações com a situação vivida na Somália, Líbia, República Democrática do Congo, mas vamos continuar a cooperar para garantir a estabilidade no continente”, disse Primeiro-Ministro.
Sobre a vontade política de África silenciar o troar das armadas até 2020, Carlos do Rosário, apontou que se trata de um desafio, mas o roteio desenhado pelos líderes africanos define actividades concretas e tempo de execução. O roteio será aplicado em conformidade com as especificidades de cada país.
Destacou que no encontro os líderes africanos sublinharam a necessidade de os países membros darem maior contribuição na implementação de reformas institucionais para financiar e melhorar a eficácia das missões de paz.
Segundo a proposta avançada cada país deverá contribuir com 0,2 por cento do valor dos impostos sobre as importações e, para o caso vertente, precisa de mais tempo para avaliar a implementação desta decisão tendo em conta a necessidade de alinhar a iniciativa com a legislação vigente em cada país.
No que concerne as questões transversais, segundo o Primeiro-ministro, ficou clara a necessidade de se intensificar o combate ao HIV/SIDA, malária e aprofundar a legislação para a protecção da rapariga”, disse Carlos do Rosário.
Referiu que a reunião também fez uma reflexão sobre a continuidade da cooperação com a União Europeia no âmbito da ACP/EU.
Carlos do Rosário abordou ainda o encontro mantido com a comunidade moçambicana residente na Etiópia, afirmando que “foi uma oportunidade para partilhar a situação política, social e económica vivida em Moçambique”, para de seguida manifestar a sua satisfação com os sucessos alcançados nesta deslocação à Etiópia.
(AIM)