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UNCTAD compromete-se a apoiar Moçambique nas pescas

18/10/2017 11:17
UNCTAD compromete-se a apoiar Moçambique nas pescas

A Conferência das Nações Unidas para o Comércio e Desenvolvimento (UNCTAD) está envolvida na busca de um financiamento para apoiar a criação de Centros Regionais de Excelência para o desenvolvimento do sector pesqueiro, que permitirá aos países um intercâmbio contínuo de experiência à luz da cooperação sul-sul.

O facto foi revelado pelo director da Divisão para África, Programas Especiais e Países menos Desenvolvidos na UNCTAD, Paul Akiwumi, que falava hoje em Maputo na Formação Regional Africana e Seminário de Capacitação em Comércio e Desenvolvimento de Pescado com Enfoque no Cumprimento dos Padrões Internacionais.

Segundo a Akiwumi, o sector das pescas é responsável por uma parte de emprego e Produto Interno Bruto (PIB) em muitos países menos desenvolvidos e, em Moçambique, por exemplo, as pescas contribuem entre três a quatro por cento do PIB e, directa ou indirectamente, gera emprego para pelo menos 20 por cento da população.
Na maioria dos países menos desenvolvidos, a pesca é feita de forma artesanal, sendo, por isso, fonte de subsistência de muitas famílias no meio rural, assim como constitui uma ferramenta de redução da pobreza. Além dos benefícios económicos, a pesca constitui igualmente uma fonte importante de proteína animal para a maioria dos países.
“Por essa razão, o desenvolvimento do sector de pescas pode constituir um contributo muito importante para o alcance dos Objectivos de Desenvolvimento Sustentável”, disse Akiwumi, anotando que os países são dotados de abundância de pescado e boas condições para o desenvolvimento da aquacultura.
A fonte disse, por outro lado, que a maior parte dos países menos desenvolvidos beneficiam de quotas com livre acesso aos mercados dos países desenvolvidos, mas a falta de capacidade para responder aos padrões de segurança alimentar se afigura como obstáculo ao sector de pescas.
No entanto, Moçambique e Uganda têm certificado de exportação de pescado para a União Europeia (UE) que é o maior mercado. Mas o alcance desta conquista não foi tarefa fácil, porque, segundo a fonte, entre 1996 e 2000, o Uganda sofreu três banimentos da UE por violações às medidas fitossanitárias.
O encontro de três dias, organizado pela UNCTAD em parceria com o Ministério do Mar, Aguas Interiores e Pescas, junta mais de meia centena de representantes de países como África do Sul, Maurícias, Uganda, França, Suíça e Vietname. 
(AIM)