Palestras para prevenção e combate a casamentos prematuros

O director do pelouro no distrito Municipal Ka - Mubukwane, Pedro Mondlane, aponta que os hábitos culturais nas famílias continuam sendo alguns dos principais factores que contribuem negativamente para a origem dos casamentos não planeados que comprometem o futuro e a vida das raparigas.

 A fonte falava hoje, em Maputo, à margem da campanha feira da rapariga “casar só depois dos 18 anos”, organizada pela Rádio Voz Coop em parceria com o Fórum das Rádios Comunitárias (Forcom), por ocasião da passagem do dia internacional da rapariga, que hoje se assinala.

 Sem avançar estatísticas, Mondlane afirmou que os casamentos prematuros tendem a reduzir, pelo menos no distrito Ka - Mubukwane, como resultado de diversas acções levadas a cabo em coordenação com várias organizações que trabalham no quadro do empoderamento da mulher e da rapariga.

 Nesta interacção com as comunidades há debates acesos e fazemos perceber que nós não podemos pautar por este tipo de postura porque no futuro não teremos uma sociedade solidificada e saudável. Por isso, a situação não se combateu na totalidade pois os aspectos culturais têm influenciado na tomada de decisões”, disse.

 Por sua vez, a coordenadora do programa “casamentos só mais tarde”, da rádio Voz Coop, Zeina Mutola, defende que os pais e encarregados de educação devem priorizar, continuamente, o diálogo sobre assuntos de sexualidade com os seus filhos dispensando tabus para que estes não sejam vítimas dos casamentos prematuros.

Mutola considerou, a título de exemplo, a realização do evento como um acto fundamental na transmissão de valores morais para as raparigas para a salvaguarda dos seus direitos com vista a garantir o seu futuro e bem-estar.

 Nós temos um papel importante na difusão da informação e estamos a actuar no terreno, trabalhando com várias organizações para nos ajudarem a difundir a mensagem de não aos casamentos prematuros”, precisou.

 Acrescentou que no âmbito de implementação de várias acções “estamos a trabalhar com as escolas de forma a mostrar o papel dos professores na prevenção dos casamentos prematuros e combate ao assédio sexual”.

 A comemoração do dia da rapariga foi marcada pela emissão de Bilhetes de Identidade (BI), registo de nascimento de crianças, assistência jurídica, entre outras actividades.

 A campanha feira da rapariga decorreu sob o lema “fortalecendo o empoderamento e a participação da rapariga na advocacia e monitoria dos casamentos prematuros”.

(AIM)Como parte dos compromissos, segundo Cabral, Moçambique é um dos países que realizou a avaliação externa conjunta para o RSI. Na sequência disso, o Ministério da Saúde (MISAU), com o envolvimento de diferentes ministérios e parceiros, desenvolveu o Plano de Acção Nacional de Segurança Sanitária, de cinco anos.

“É este plano que vos será apresentado durante estes três dias e que terão oportunidade de discutir com o objectivo de o enriquecer e validar, assim como de estimar o seu custo e as suas implicações, e os papéis e responsabilidades de cada interveniente”, disse a fonte.

A primeira oficina conta com a participação de quadros do MISAU, de outros ministérios, institutos, OMS, representes de outras instituições nacionais e internacionais, parceiros de cooperação e convidados de dentro e fora do país.

(AIM)