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"Não podemos continuar distraídos a acomodar conflitos" - PR na IV Cimeira do Gás

14/11/2019 07:50
"Não podemos continuar distraídos a acomodar conflitos" - PR na IV Cimeira do Gás

O Presidente da República, Filipe Jacinto Nyusi, afirmou hoje, em Maputo, que os moçambicanos não podem continuar distraídos a acomodar conflitos e dificultar o futuro e crescimento de uma nação que pode ser próspera muito rapidamente.

O Chefe do Estado falava durante a abertura da VI Cimeira de Gás, evento anual que junta empresas do sector, cujos megaprojectos de exploração de gás natural liquefeito vão arrancar em 2022 e devem colocar Moçambique entre os maiores produtores mundiais nos dez anos seguintes, e com a economia do país a poder chegar a crescer mais de 10% ao ano.

"O país tem tudo para dar certo, mas isso depende de nós, moçambicanos, incluindo os aspectos de segurança com os quais o país tem lidado. Cada moçambicano é chamado a ter essa responsabilidade individual e colectiva, de defender a paz e segurança do país, porque é desta responsabilidade que o pais pode evoluir" referiu o Presidente Nyusi.

Os investimentos da ordem dos 50 mil milhões de dólares (45,4 mil milhões de euros) são feitos por dois consórcios que operam nas áreas 1 e 4 da bacia do Rovuma, ao largo da costa Norte de Moçambique, e que são liderados pelas petrolíferas Total, Exxon Mobil e Eni.

"Queremos que os os moçambicanos sejam actores relevantes no processo e não ser meros espectadores. Queremos que os moçambicanos sejam os donos dos recursos" disse o estadista, que traçou o perfil que o governo espera da indústria de gás.

O Presidente da República disse que o executivo vai continuar a fazer o que lhe compete no que diz respeito à criação de condições para um ambiente favorável para o desenvolvimento empresarial, manifestando o desejo de ver a indústria de hidrocarbonetos a contribuir na melhoria da qualidade de vida dos moçambicanos.

"As receitas daquilo que produzimos deve servir para contribuir para uma melhor qualidade de vida dos moçambicanos" disse. (PR)