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Moçambique vai exportar 14 mil toneladas de pescado

17/10/2017 15:21
Moçambique vai exportar 14 mil toneladas de pescado

Moçambique espera exportar, no decurso do corrente ano, um total de 14 mil toneladas de pescado para os diversos mercados, mercê das medidas que o país está a colocar em prática, visando assegurar o aumento dos volumes de produtos pesqueiros.

Para assegurar o alcance da meta, o Instituto Nacional de Inspecção do Pescado (INIP) tem até ao momento executada uma cifra na ordem de 60 por cento, considerada fruto das várias medidas adoptadas pelo Ministério do Mar, Águas Interiores e Pescas. Em 2013, o volume de exportações rondou as 13 mil toneladas.

 A informação foi revelada hoje pela directora do INIP, Lúcia Sumbana, à margem do curso de Formação Regional Africana e Seminário de Capacitação em Comércio e Desenvolvimento de Pescado com Enfoque no Cumprimento dos Padrões Internacionais, que decorre em Maputo, juntando representantes de países como África do Sul, Maurícias, Uganda, França, Suíça e Vietname.

 

Sumbana afirmou que o seminário tem como objectivo capacitar os países menos desenvolvidos apoiados pela Conferência das Nações Unidas para o Comércio e Desenvolvimento (UNCTAD) a impulsionar a geração de produtos pesqueiros para fornecer os mercados interno e externo, ajudar no cumprimento das medidas fitossanitárias e, por conseguinte, cumprir com os padrões internacionais para a valoração do produto dentro e fora do país.

 

“No país, estamos no caminho certo mas nunca é demais ouvir a experiência dos outros países para podermos aumentar ou melhorar o nível de desempenho até ao momento”, sublinhou a fonte.

 

No pacote de medidas postas em prática pelo sector, destaca-se a fiscalização contra as artes nocivas como a apreensão e recolha das redes impróprias à pesca porque arrasam os alevinos ou os produtos pesqueiros ainda na fase de desenvolvimento.

 

O sector das pescas alargou igualmente o período de veda da pesca, por mais um mês, acção que está a dar resultados satisfatórios, não obstante o grande desafio das mudanças climáticas que contribui para a redução dos volumes de pescado.

 

Sumbana disse, por outro lado, que os resultados da aquacultura são encorajadores dado que há muitas empresas e pessoas singulares interessadas na sua prática e pelas previsões para o ano em curso, tudo leva a crer que a produção vai satisfazer as quantidades esperadas.

 

O obstáculo ao florescimento e massificação da aquacultura no país deriva do facto de ela ser, em grande medida, ainda dependente da ração importada, todavia o INIP e outros organismos continuam a envidar esforços com vista ao alcance da meta traçada.

(AIM)