Mais investimento no turismo como indústria da paz e desenvolvimento

Falando na localidade de Maimelane, no distrito de Inhassoro, última etapa da sua visita presidencial à província de Inhambane, Nyusi apelou ao governo local para concentrar suas acções nas actividades produtivas, com destaque para o turismo, uma das maiores riquezas que o país em geral possui e que gera emprego em diversas áreas.
O turismo é por natureza a bandeira da província com belas praias, uma delas, a do Tofo, consideradas, uma das melhores do mundo.
O estadista moçambicano disse que o distrito de Inhassoro, que tem estes recursos e outras potencialidades, está em melhores condições para embarcar num desenvolvimento de forma acelerada. 
“Inhassoro tem tudo para sair da crise, tem recursos minerais que nem todos distritos têm esse recurso, tem o mar, o gás e hoje fala-se de petróleo”, disse. 
O turismo, pelo seu efeito multiplicador, beneficia outros sectores como a hotelaria, transportes, comunicações, cultura, gastronomia, infra-estruturas, transformando-se numa cadeia de valores que directa ou indirectamente geram renda. 
Sublinhou que “nas vossas actividades concentrem-se no trabalho. Vamos continuar a promover o turismo porque há países que se desenvolvem a base do turismo”, como uma das principais fontes de receitas.
O Presidente da República orientou as autoridades locais e a população para tirar melhor proveito das oportunidades que os sectores da agricultura, pesca, pecuária e turismo proporcionam, entre outros recursos. Recomendou que cada distrito deve centrar-se em atividades produtivas específicas, como por exemplo o fomento da cultura de caju e criação de gado.
Exortou os moçambicanos a engajarem-se em várias frentes de produção para fazer face as dificuldades que advêm das calamidades naturais, como a seca e cheias, e da crise económica internacional.
Neste último dia da visita a Inhambane, Nyusi reuniu com a juventude e o governo provincial alargado a administradores distritais para fazer balanço da visita, que visava avaliar o grau de cumprimento do programa quinquenal a nível da província. 
Visitou a fábrica de processamento de gás da Sasol em Temane. Esta unidade fabril projecta produzir 197 milhões de gigajoules (GJ) no próximo ano contra os actuais 188 milhões. Cerca de 60 por cento da produção destina-se a exportação sendo a África do Sul o destinatário e 40 por cento para consumo interno, onde o maior cliente é a Matola Gas. Marracuene, Matola e Ressano Garcia e a indústria automóvel beneficiam de gás canalizado produzido em Temane..
Na província de Inhambane, energia gerada a partir do gás beneficia as populações dos distritos de Vilankulo, Inhassoro e Govuro.
A fábrica emprega 98 moçambicanos e 17 estrangeiros. Pelo menos 23 jovens beneficiam de estágio técnico-profissional.
Nyusi visitou ainda o centro de formação profissional de Inhassoro, que resulta da parceria entre a Sasol e INEFP, e que conta com 80 formandos divididos em cursos de soldadura industrial, produção e processamento de gás, eletricidade e mecânica, bem como manutenção industrial.
(AIM)