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IIC de Pemba oferece qualificação virada para gás e petróleo

19/10/2017 11:58
IIC de Pemba oferece qualificação virada para gás e petróleo

O Ministério da Ciência e Tecnologia, Ensino Superior e Técnico-Profissional (MCTESEP) vai, a partir do ano lectivo 2018, administrar a qualificação de nível três no Instituto Industrial e Comercial de Pemba, província de Cabo Delgado, para operadores de planta de processamento de gás natural que se encontra em fase de validação e aprovação.

Após a introdução deste nível, o Instituto Industrial de Pemba junta-se aos diversos institutos técnicos de nível médio, em todo o país, que já oferecem qualificações dos níveis três, quatro e cinco do catálogo nacional nas áreas de manutenção industrial, mecânica e eléctrica, cujas competências são ajustáveis ao sector de hidrocarbonetos. 

A medida foi anunciada pelo director da Autoridade Nacional de Educação Profissional (ANEP), Gilberto Botas, falando hoje, em Maputo, na abertura da Cimeira de Moçambique sobre o Gás, destinada a reflectir sobre os últimos desenvolvimentos na indústria de gás e petróleo.
No primeiro dia do encontro de três dias, cujos debates gravitaram na questão do Conteúdo Local, no que respeita aos seus últimos desenvolvimentos e as perspectivas, incluindo aspectos ligados à legislação, participação de empresas locais no crescimento da indústria nacional de gás e petróleo, em toda a sua cadeia de valor.
No contexto da reforma da educação profissional, segundo a fonte, está igualmente inclusa a indústria extractiva no conjunto das áreas prioritárias de desenvolvimento de capital humano nas quais a ANEP tem vindo a intervir, desde a agricultura, hotelaria, manutenção industrial e administração e gestão. 
“Neste sentido, iniciamos um processo de desenvolvimento curricular no âmbito do quadro nacional de qualificações profissionais, que irá culminar com a elaboração de certificados vocacionais de nível três, quatro e cinco para operadores de processamento do gás”, disse Botas.
A fonte disse que a medida visa garantir a relevância do currículo nesta área e, para o efeito, foi estabelecido o comité técnico sectorial de hidrocarbonetos constituído por representantes de empresa do sector. 
O comité técnico sectorial é um mecanismo adoptado pelo governo e os empregadores de um dado sector da indústria que permite determinar o quadro de competências e o perfil ideal dos profissionais exigidos pelo mercado na respectiva área. 
Segundo Botas, o mecanismo é fundamental para a elaboração dos curricula de formação e o seu alinhamento com a demanda do mercado de trabalho. 
O director da ANEP disse também que o MCTESTP vem implementando uma nova abordagem na forma de interacção entre o ensino técnico profissional, ensino superior, a investigação científica, inovação e o desenvolvimento tecnológico, através da promoção de uma interacção entre ambos de forma sistémica e articulada, para catalisar o desenvolvimento de Moçambique.
Aliás, atento ao actual momento de descoberta e exploração de hidrocarbonetos no país, a ANEP tem vindo a promover a adopção pelas instituições de ensino superior e ensino técnico-profissional, tanto público quanto privadas, de curricula ou quadro de competências profissionais para responderem satisfatoriamente a demanda do sector produtivo.
Na ocasião, a fonte endereçou um convite às várias empresas representadas no evento e as organizações do sector do gás para um maior envolvimento nos mecanismos de participação da educação profissional, através dos comités técnicos sectoriais e dos painéis de validação dos padrões, organizados sob a égide da ANEP, órgão criado por lei à participação do sector privado em todas as actividades do ensino técnico e da formação profissional que se realizam no país.
(AIM)