Gaza introduz novas técnicas para produção de semente de cajueiro

Para o efeito, a província conta actualmente com dois campos policlonais para a produção de semente policlonal de cajueiro de boa qualidade resistente a seca, produzida com o pólen extraído de várias plantas com características diferentes para substituir a enxertia.

Emílio Camisa, director dos Serviços Distritais de Actividades Económicas (SDAE) no distrito de Mapai, diz que a enxertia acarreta custos elevados em relação a polinização, tendo em conta que por via desta produz-se directamente semente de qualidade para facilitar o fomento do caju.

Os campos que estão localizados nos distritos de Mapai e Massangena foram instalados no âmbito do projecto “Gestão Sustentável dos Recursos Terra e Água”, co-financiado pelo Governo moçambicano e Banco Africano de Desenvolvimento (BAD).

Trata-se de campos com um total de 724 plantas cada um, dividido em quatro blocos, onde foram semeados nove clones provenientes dos distritos de Bilene, Chibuto, XaiXai e Nampula, bem como de países como Tanzânia e Brasil.

“A partir do terceiro ano é possível ter em cada campo semente para o fomento no distrito e posterior distribuição para outros locais”, disse Camisa, adiantando que, naturalmente, transportar e distribuir semente aos produtores é mais fácil do que transportar plantas.

O objectivo é apostar no fomento da cultura para exportar a castanha de caju, disse a fonte, avançando que existe vontade por parte dos produtores.

No distrito de Mapai, o cajueiro produz durante todo o ano e ainda não houve registo de ocorrência de doenças como o oídio.

Camisa revelou que no Corredor do Limpopo há muita afluência de compradores de castanha de caju em bruto para transportá-la via-férrea para a cidade de Maputo, onde é processada, facto que está a animar os produtores.

Os dois campos contam cada um, com um furo multifuncional para o abastecimento de água para o consumo, irrigação e abeberamento de gado.