Campanha contra malária vai beneficiar mais de 1,7 milhões de pessoas na Zambézia
As autoridades sanitárias lançaram hoje, no distrito de Mopeia, uma campanha de pulverização intradomiciliária que visa a protecção de pelo menos 345 mil casas, equivalente a 1,7 milhões de habitantes, contra a malária em seis dos 22 distritos existentes na província da Zambézia, no centro de Moçambique.
A pulverização irá cobrir os distritos de Maganja da Costa, Milange, Derre, Mopeia, Molumbo e Morrumbala, que continuam a registar elevados índices de mortalidade por malária.
Nos primeiros nove meses do corrente ano a província registou 44 óbitos contra 144 casos reportados em 2017.
“Estamos satisfeitos, porque dados em nosso poder indicam que o número de morte por malária está em constante redução”, disse o governador provincial, Abdul Razak, durante o lançamento da campanha de pulverização na localidade do Rovuma, distrito de Mopeia.
Razak exortou a população local para colaborar com as brigadas de agentes rociadores e facilitar a pulverização. Para garantir a melhor cobertura possível e operacionalização da campanha de pulverização intradomiciliaria as autoridades sanitárias contrataram 1.250 rociadores.
“A malária é uma doença que reduz a força de trabalho para incremento da produção agrária, com impacto negativo na educação, saúde e outras áreas que concorrem para o desenvolvimento socioeconómico”, disse o governador.
“É uma doença que provoca muitos problemas entre nós. É uma doença que muitas vezes que faz com que fiquemos em casa sem trabalhar, e força as crianças e professores a ficarem em casa”, acrescentou.
O governante disse que o combate à malária não deveria limitar-se a pulverização intradomiciliaria, pois também deveria incluir outras formas como limpeza colectiva ou individual dos locais pantanosos, uso correcto de redes mosquiteiras e disseminação de campanhas educativas.
Entretanto, o governo vai prosseguir com a distribuição de redes mosquiteiras, particularmente para as mulheres grávidas durante as consultas pré-natais nas unidades sanitárias.
Recordou que, em 2017, o seu Executivo em coordenação com parceiros de operam no sector de saúde distribuiu mais de 3,2 milhões de redes mosquiteiras que beneficiaram cerca de 640 mil famílias.
“Sei que uma pequena parte está utilizar a rede para actividades piscatórias ou para protecção de animais de pequeno porte. Nós desencorajamos estes actos negativos', disse.
Para intensificar o diagnóstico da malária junto das comunidades, as autoridades sanitárias capacitaram mais de mil agentes polivalentes elementares (APE's) para prestarem os cuidados primários em saúde, disse Razak.
Falando em nome da cooperação americana, Rose Zulliger, encorajou o governo moçambicano a prosseguir com os esforços tendentes a redução da malária no seio da população para garantir o crescimento de uma geração saudável.
(AIM)