A Ministra das Finanças, Carla Loveira, reuniu-se com o Director Regional do Banco Mundial para Moçambique, Fily Sissoko, à margem das Reuniões Anuais do Fundo Monetário Internacional (FMI) e do Banco Mundial (BM), em Washington, para discutir estratégias de aceleração do crescimento económico e fortalecimento da estabilidade macrofiscal do país.

Durante o encontro, as partes passaram em revista matérias prioritárias para o desenvolvimento nacional, com destaque para a criação de oportunidades económicas e de emprego, atracção de investimento directo estrangeiro, promoção dos corredores de desenvolvimento, e dinamização das cadeias de valor do agro-negócio e turismo.

Na sua intervenção, Carla Loveira reconheceu que a economia moçambicana atravessa um período desafiante, marcado por retracção nos sectores produtivos e pressões estruturais nas finanças públicas.

“Estamos a enfrentar uma combinação de factores que afectam a nossa performance económica, nomeadamente a limitada capacidade de arrecadação de receitas, o rápido crescimento da despesa pública, sobretudo com salários e serviço da dívida e o impacto de choques externos”, afirmou a governante.

Segundo a Ministra, esta conjuntura tem aumentado as necessidades de financiamento do Estado e afectado a prestação de serviços públicos básicos, comprometendo os indicadores de desenvolvimento humano e social.

Para inverter o cenário, Loveira sublinhou que o Governo está a implementar reformas estruturais no sector real, fiscal e monetário, no quadro do Programa de Reforma Económica e Crescimento (PRECE), com vista a dinamizar a economia e restaurar o equilíbrio macrofiscal.

Por seu turno, o Director Regional do Banco Mundial para Moçambique, Fily Sissoko, destacou o compromisso da instituição em reforçar a cooperação com o Governo e apoiar as reformas em curso.

“A revisão do portefólio de projectos com o Governo é essencial para garantir boa governação e um ambiente de negócios mais favorável. O nosso objectivo é trabalhar lado a lado com Moçambique para consolidar um quadro macrofiscal forte e promover um crescimento económico inclusivo e resiliente”, sublinhou Sissoko.

O Banco Mundial continua a ser um parceiro estratégico de Moçambique, com um portefólio que inclui projectos estruturantes nas áreas de energia, infra-estruturas, agricultura, saúde e educação, visando fortalecer a base económica e social do país. (AIM)