O Governo moçambicano promete lançar programas e acções específicas para desenvolver a cadeia de valor do turismo, explorando ao máximo o extraordinário potencial da indústria como motor de crescimento económico, criação de emprego e promoção de um desenvolvimento equilibrado e inclusivo.

A garantia foi dada pela Primeira-Ministra, Benvinda Levi, na abertura da primeira edição do Fórum Africano de Diplomacia, Turismo e Investimento, na Cidade de Maputo.

“O potencial turístico de Moçambique é inquestionável! A localização estratégica, a gastronomia, os monumentos, a natureza e a diversidade cultural, aliados à simpatia e espírito trabalhador que caracterizam a população moçambicana, constituem oportunidades ímpares a se ter em conta, pelo facto de agregadas, proporcionarem ao nosso país vantagens comparativas e competitivas”, afirmou Levi.

Segundo a dirigente, o executivo já identificou cinco principais destinos turísticos prioritários, designadamente, Maputo, Vilankulo, Gorongosa, Quirimbas e Niassa, que, pela sua localização e atractividade, podem rapidamente contribuir para a competitividade e crescimento do investimento no sector.

Benvinda Levi destacou ainda a necessidade de encorajar os empresários nacionais e estrangeiros a expandirem os seus negócios na indústria turística, bem como em áreas complementares como infra-estruturas, energias limpas, escolas de formação em hotelaria e turismo, conectividade interna e regional.

“Estamos determinados a continuar a melhorar o ambiente de negócios e de investimento, sobretudo na simplificação de procedimentos administrativos, no reforço do quadro legal e regulatório, na promoção de mecanismos de financiamento acessíveis e na criação de incentivos específicos para o investimento no turismo e áreas conexas”, assegurou a primeira-ministra.

Além da vertente económica, Levi salientou a dimensão diplomática do turismo, que considera essencial para estreitar relações entre povos e países. “O turismo, para além do aspecto económico, é um instrumento importante da diplomacia pelo facto de contribuir para o aprofundamento do conhecimento, relacionamento e amizade entre os povos e nações, desempenhando um papel relevante na política externa de cada país”.

No mesmo evento, o presidente do African Tourism Board, Cuthbert Ncube, reforçou a importância de uma visão partilhada para o futuro do turismo em África e apelou a um compromisso colectivo para libertar o potencial do continente através da diplomacia turística.

“Temos que acelerar investimentos no sector do turismo, mas para isso os nossos Governos devem colocar o turismo no coração da democracia”, disse Ncube, destacando o potencial de Moçambique e os avanços em curso na restauração do Parque Nacional da Gorongosa, do Arquipélago de Bazaruto e do Parque Nacional do Zinave, áreas de conservação da biodiversidade.

O responsável defendeu que a conectividade entre destinos africanos e os investimentos em infra-estruturas de base são “inadiáveis” para criar um ambiente favorável à expansão da indústria.

Refira-se que, Moçambique dispõe de cerca de 2.700 km de costa e uma vasta diversidade natural e cultural que o posiciona entre os destinos mais promissores da África Austral. Nos últimos anos, registou avanços importantes, como a recuperação de parques naturais e o crescimento de infra-estruturas em zonas costeiras e de safari.

Com a realização do Fórum Africano de Diplomacia, Turismo e Investimento, o Governo espera atrair novos parceiros e investidores, consolidando o turismo como uma das principais alavancas para o desenvolvimento sustentável de Moçambique. (AIM)