Seycheles aberto a formação de moçambicanos no turismo
A República das Seychelles, Estado insular da África Austral, manifestou a sua abertura para formar estudantes moçambicanos em diversos cursos do ramo de turismo, assim como o desiderato de partilhar as suas estratégias bem como o ‘marketing’ neste domínio que é fonte de receitas para aquele país.
O desiderato foi expresso Terca-feira, em Maputo, pelo Ministro das Finanças, Comércio, Investimento e Planificação Económica, Maurice Lalande, na conferência de imprensa no quadro da visita de Estado que o Presidente daquele país, Danny Faure, efectua ao país onde participará, igualmente, na conferência da Economia Azul.
“Manifestamos o desejo das Seychelles de receber estudantes moçambicanos para cursar o turismo, e estamos prontos para partilhar as nossas estratégias e políticas bem como o marketing”, ressaltou o titular da pasta das finanças, apontando que há ideias concretas discutidas entre as partes, todavia o trabalho de vulto fica para comissão mista, que vai identificar as reais áreas de primazia.
Segundo Lalande, Moçambique e as ilhas Seychelles tem muitos aspectos em comum, sobretudo no que respeita a Economia Azul devido, em parte, pela sua posição geográfica como um estado insular, mas também por acreditar que o oceano não é só vasto no seu tamanho, mas também em oportunidades.
Desta feita, segundo a fonte, o estado insular continua a empreender esforços visando assegurar que o conceito de Economia Azul receba máxima cobertura e exposição e se congratula por contar com o apoio de Moçambique e assistência para trabalhar rumo a um objectivo único.
Por outro lado, o governante disse que as relações comerciais são ainda incipientes e do país insular para Moçambique quase nulas, mas no sentido contrário existe um comércio razoável na ordem de dois milhões de dólares anuais, porém há espaço para incrementar a parceria.
A contribuição directa do sector de turismo para o Produto Interno Bruto (PIB) das ilhas Seychelles foi estimada em 50 por cento, e fornece cerca de 70 por cento do total de ganhos em divisas. Os turistas europeus são considerados os mais lucrativos em termos de tempo de permanência assim como nos gastos per capita.
O turismo é o sector não-governamental mais importante da economia das Seychelles. Cerca de 15 por cento da força de trabalho formal é empregada directamente no turismo, e o emprego em áreas como a construção, no sector bancário, transporte e em outras actividades está intimamente ligado à indústria do turismo.
(AIM)