ADM lança campanha para uso racional de água

A iniciativa surge em resposta a crise de água que se regista na cidade de Maputo, e que forçou a reduzir o fornecimento do precioso líquido de 12 horas para seis horas por dia.

 A campanha, que vai decorrer por um período de 30 dias, terá lugar nas escolas e consiste fundamentalmente na promoção de mensagens sobre o uso sustentável da água.

 O administrador para a área comercial da AdM, Estaline Mahoche, explicou que a campanha tem como grupo alvo crianças nas escolas, pois, através da sensibilização dos menores, pode-se gerar bons hábitos nos adultos.

“Entendemos que se formos às escolas também consciencializamos as crianças, desde pequenas, e se calhar é o melhor veículo também de consciencializar os pais de que também há necessidade de fazer o bom uso da água que têm”, disse Mahoche, citado pela Rádio Moçambique, emissora nacional.

 Deplorou a forte resistência à mudança, apesar da disseminação de mensagens, advertindo para a crise de água no sul do país.

 “É preciso, de facto, ganharmos consciência e racionalizarmos essa pouca água para que possa servir não só para mais pessoas, mas também por mais tempo”, vincou.

 A crise de água também afecta a cidade da Matola, capital da província meridional de Maputo, e a vila de Boane, apesar da chuva que nos últimos dias tem vindo a cair na região sul de Moçambique.

 Por isso, num desenvolvimento separado, a Administração Regional das Águas do Sul (ARA-Sul) adverte que apesar das chuvas que se registam sentir nos últimos dias, as restrições de água vão continuar, pois o nível de água na Barragem dos Pequenos Libombos continua muito aquém daquilo que seria de desejar.

 O director-geral da ARA-Sul, Hélio Banze, disse que existe capacidade para o abastecimento de água a cidade de Maputo nos moldes actuais de restrições durante os próximos 12 meses.

 “Estamos hoje com 82 milhões de metros cúbicos na albufeira dos Pequenos Libombos e, no regime actual, de restrições temos água suficiente para 12 meses”, disse Banze em conferência de imprensa sobre a disponibilidade de água na barragem dos Pequenos Libombos, na província de Maputo.

 “Estamos com escassez de água, estamos com as nossas albufeiras abaixo da sua capacidade, mas continuamos com capacidade de fornecer água, obviamente, em regime de restrições”, disse.

 Explicou que, no final de Março, que marca o fim da época chuvosa, será feita uma avaliação da situação hidrológica que irá determinar novas decisões.

 Sublinhou que a escassez de água é uma realidade, pelo que urge a colaboração de todos os cidadãos.

 Por isso, apela a todos os cidadãos para que façam o uso racional de água nas actividades agrícolas, a nível doméstico e evitar desperdício do precioso líquido algo que poderia exacerbar a situação actual.

 Segundo Banze, a região sul enfrenta a prior seca dos últimos 30 anos.

(AIM)